Miguel Angelo é arquitecto de formação mas lançou o seu primeiro disco no mesmo ano em que entrou na faculdade, o que demonstra que “os dados já estavam lançados”, como explica. Ainda trabalhou na Câmara Municipal de Cascais, durante ano e meio, mas quando o tempo começou a apertar e as prioridades começaram a ser outras não ficou… “Não custou, o caminho já estava definido há muito”, justifica. Miguel faz canções e, para além delas, muitas outras coisas: escreve, dá aulas de produção e criação musical na ETIC e faz ocasionalmente dobragens em animação. Tem como referência o universo da cultura pop, da literatura à arte em geral, com grande incidência nas correntes musicais. O contemporâneo, que pode não ser deste tempo mas que ainda se “sente”. Neste momento prepara a tour de auditórios do seu disco a solo, “Primeiro”, cujo single de apresentação é “Precioso”…
Como defines o teu estilo?
Sempre me vesti de acordo com a música que ouvi. E, por isso, acho que Clássico Moderno será uma boa definição.
Qual o criador de moda a quem davas poderes de fada madrinha?
Já dei a dois criadores nacionais, ao conterrâneo José António Tenente e ao Nuno Gama, em fases distintas da minha carreira. Neste momento, sou “Embaixador” Fred Perry em Portugal. Gosto do ar casual e cuidado com que a marca me veste no dia-a-dia.
A peça ou acessório de moda que é a tua cara?
O chapéu. Um acessório que já foi uma peça indispensável nas nossas cabeças e que caiu um pouco em desuso. Mas ultimamente voltou a muitas cabeças que se querem cobertas.
A tendência da estação a que não vais dar a hipótese de conhecer o teu armário?
Qualquer peça que reabilite o pior dos anos 90 (como, por exemplo, as camisas de flanela aos quadrados!).
Branco ou preto?
Azul.
Simples ou complicado?
Simples. Embora o simples não seja nada simples…
Confortável ou sofisticado?
Um misto. Nunca devemos andar muito relaxados…
Qual a tendência da estação que foi paixão à primeira vista?
As capas para homem da Agnès B.
Qual a peça ou acessório de moda que tens raiva de não teres sido tu a criar?
A gargantilha.
Que música, filme ou livro têm influenciado mais o teu trabalho ultimamente?
As autobiografias e as biografias. Interessam-me mais do que qualquer romance e, como sabemos, a realidade supera a ficção. Acabei de ler Shakey, sobre Neil Young.
Qual o criativo que gostarias que te telefonasse a dizer: “Tive uma ideia e gostava de trabalhá-la contigo…”.
O avô do Hugo Boss?